Crescimento solitário

Tenho que dar os parabéns pela decisão de avançar com esta obra. É um passo importante no apoio ao crescimento populacional que se tem verificado nesta freguesia.Infelizmente não se pode dizer o mesmo em relação à “acção geral” da câmara municipal e da junta de freguesia.
Leça é uma freguesia que tem crescido muito em termos populacionais nos últimos anos. No entanto, não foi apetrechada com as condições necessárias para acompanhar esse crescimento. Estou a referir-me às acessibilidades, aponto mais uma vez a Avenida Antunes Guimarães que está deplorável, aos transportes e aos infantários. Quanto a estes últimos, a deficiência em termos de resposta por parte da junta é mais que notória. Os jardins-de-infância são insuficientes perante o crescimento da população. As jovens famílias que vão viver para Leça têm sérias dificuldades em colocar os seus filhos nos estabelecimentos apoiados pela junta. O sistema não funciona. É um problema de raiz que passa, antes de mais, pelo conceito de “ensino gratuito” que existe em Portugal.A freguesia está “quase igual” ao que estava antes do «boom» populacional.A responsabilidade é obviamente da autarquia. Os autarcas de Matosinhos têm que aplicar as contribuições dos cidadãos, e também captar o investimento de privados, em projectos que aumentem a sua qualidade de vida.
O metro é um dos exemplos de como o caminho que está a ser seguido não é o correcto. A discussão pública é reduzida e por isso a dúvida quanto ao trajecto da linha paira no ar. Poderá não ser o trajecto mais conveniente para os cidadãos.
A candidatura da Nova Democracia à Junta de Leça alertou para o facto de que o trajecto proposto não servia as pessoas que se deslocam para as praias, no Verão em grande quantidade. Além disto, o processo de levar o metro para Leça está extremamente atrasado.
É claro que estes projectos não dependem só da junta nem da câmara. O Governo também tem responsabilidades, por exemplo no caso do metro. Contudo, uma vez que o presidente da Junta de Leça da Palmeira é da mesma cor política do presidente da Câmara e até do Governo, é de se esperar que essa “familiaridade” traga algo de positivo à freguesia. Nestas coisas não se pode ser hipócrita. Em Portugal, infelizmente, sempre foi assim. As freguesias beneficiam quando o presidente da junta é do mesmo partido que o presidente da câmara e este beneficia o município se for do partido que governar o País naquele momento.
É fundamental perceber que o concelho de Matosinhos é cada vez mais a residência de muitos jovens. Aqui pretendem constituir família. O executivo camarário tem que os apoiar. No nosso século é urgente garantir, às jovens famílias, as melhores condições para que possam crescer.
Espero que o ano de 2007 traga algo de positivo para este nosso concelho. Tudo depende da nossa vontade e dedicação. Os cidadãos têm que estar atentos e exigir trabalho àqueles que elegeram.
Diogo Tomás - Membro do Partido da Nova Democracia/Leça da Palmeira
in Primeiro de Janeiro
2 Comments:
Qual a tua posição (não a da Nova Democracia) sobre o casamento entre homossexuais?
Uma vez que tens amigos que o são... gostaria de saber!
Obrigado pelo teu comentário.
Apesar de não ser sobre o artigo em causa, é uma pergunta bem feita.
Como Católico sou contra o casamento de homossexuais.
Considero o casamento uma instituição específica que se define pela existência de um homem e de uma mulher. Isto é o casamento. Não há outra definição possível.
As uniões de facto e o instituto da economia comum já salvaguardam os direitos de todas as orientações sexuais perante o Estado.
Não é por ter amigos que são homossexuais que a minha opinião mudará em relação a este assunto.
Enviar um comentário
<< Home