terça-feira, maio 29, 2007

Lisboa e a Ota

A campanha para as eleições de 15 de Julho já começou.Alguns já fizeram saber que o debate sobre a Câmara de Lisboa não tem que versar sobre o novo aeroporto da Ota.









A opção destes senhores é óbvia. Falar da Ota no decorrer da campanha eleitoral traria menos votos para aqueles que poderiam ter travado o projecto. Governos do PS e do PSD/CDS.

É notório que a generalidade dos portugueses está contra esta megalomania típica de governos socialistas. Os especialistas afirmam constantemente, para que ninguém venha a dizer que não os ouviu, que o aeroporto da Ota é um erro grave a todos os níveis.

Mesmo assim, o Governo de José Sócrates e do Ministro Mário Lino insiste em avançar com a loucura. Aliás, este último declarou, ontem, que o novo aeroporto da capital não pode situar-se na Margem Sul do Tejo, pois é uma zona despovoada. Sim, leram e ouviram muito bem. Mário Lino considera que a Margem Sul está despovoada.

Esta declaração é motivo para demitir um ministro. Demonstrou ignorância proferindo tais palavras. Ninguém no seu perfeito juízo pode afirmar que aquela zona está despovoada.
Por momentos pensei que a Ota era uma zona densamente povoada e com todos os serviços necessários para a localização de um aeroporto. Mas logo voltei à realidade.
Quem remete a Margem Sul para desertificação terá que considerar a Ota um verdadeiro deserto. Estou mesmo à espera de uma declaração do Ministro Mário Lino neste sentido. Pelo menos sempre justificava um pouco, se bem que muito pouco, as declarações por ele proferidas.

Para relembrar os mais esquecidos, o “complexo da Ota” é constituído por tanta coisa que o aeroporto acaba por ser um projecto menor. E é assim porque na realidade aquela região não tem as condições necessárias para receber um Aeroporto Internacional. Os serviços fundamentais vão ser construídos de raiz! Caso para perguntar: caro ministro, quem é que quer enganar?

Não vai ser o futuro Presidente da Câmara de Lisboa que decidirá a localização do futuro aeroporto, mas uma questão desta ordem não pode passar ao lado do futuro executivo camarário.Trata-se do aeroporto da Capital do país. Os candidatos têm que debater esta questão com toda a clareza e frontalidade.

Portugal, e não só os lisboetas, quer saber qual a posição que será tomada pelo futuro presidente da Câmara perante o Governo.

Leça da Palmeira, 24 de Maio de 2007

Diogo Tomás

in Democracia Liberal