quinta-feira, maio 31, 2007

“Tem uma mística própria”



Manuel Monteiro visitou as festas de Matosinhos
Sexta-feira, à noite, Diogo Tomás, candidato à Junta de Freguesia de Leça da Palmeira, pelo PND, acompanhou Manuel Monteiro, que, pelas artérias matosinhenses, se misturava com as pessoas que festejavam o Senhor de Matosinhos.


Foto nº1 (da esquerda para a direita): Manuel Monteiro, Tomé Fernandes, Bernardo Góis e Diogo Tomás.
Com a devida vénia ao Matosinhos Hoje
O líder do PND, que afirmou ter muitas memórias das Festas do Senhor de Matosinhos, pois também ele morou na cidade, na Rua Roberto Ivens, reconhece que “quando um político passeia por uma feira acaba sempre por fazer campanha”. Desta vez, a sua presença fica a dever-se a um convite das Novas Gerações do partido: “A partir de Matosinhos os jovens têm tido uma participação muito activa”.
Manuel Monteiro considera que “há dois Senhores de Matosinhos: o comercial e o religioso”, e que este ultrapassa o tempo. “É mais vivo e mais forte que o comercial. Tem uma mística própria que envolve o mar e o povo enraizado numa vida de perigo”. No entanto, Manuel Monteiro não deixa de salientar que ouviu os feirantes queixarem-se que as compras têm diminuído, o que é preocupante.
Esta festa, na sua opinião, deve ser cultivada e tem de ser transmitida às novas gerações, uma vez que “lembrar o Senhor de Matosinhos é relembrar a importância do Porto de Leixões na História de Portugal”.
O líder da Nova Democracia aproveitou para tecer críticas a quem tem deixado decair o Porto de Leixões, quer em termos de pescas quer de embarcações: “Não podemos esquecer que há um outro lado do crescimento económico: as pescas e as conservas, e que o desaparecimento de uma actividade produtiva pode levar ao desespero”.
Este dirigente frisou ainda que o Norte está a passar uma situação semelhante à do Alentejo. Recordando que os dois grandes empregadores da região eram as conserveiras e Santa Casa da Misericórdia, Manuel Monteiro considerou que a situação actual é “preocupante e grave” dado que há uma “diminuição da iniciativa privada que carrega a máquina do Estado”.
“Um beco sem saída”, assim classificou Manuel Monteiro a situação económica do país uma vez que o poder não delineou uma estratégia económica e que “o poder está em Madrid e Bruxelas e não em Lisboa”, denuncia, com veemência.
Assumindo sempre uma posição muito crítica em relação aos políticos de Lisboa, Manuel Monteiro referiu que “Lisboa é aparência” e vaticinou que “Portugal começou pelo Norte e é aqui que pode acabar”.
Neste contexto, o dirigente do PND apontou o dedo aos gestores do Estado e às despesas e “mordomias principescas” que são atribuídas a esses governantes, à custa do orçamento do Estado.
Pretendendo ser uma voz activa e empenhada, Manuel Monteiro defendeu que o Partido Da nova Democracia tem que travar um batalha difícil para contrariar a “realidade grave e preocupante do país”, no qual “a ambição dos jovens, lamentavelmente, é serem trabalhadores do Estado”.
Por: Francisco Adrião

terça-feira, maio 29, 2007

Lisboa e a Ota

A campanha para as eleições de 15 de Julho já começou.Alguns já fizeram saber que o debate sobre a Câmara de Lisboa não tem que versar sobre o novo aeroporto da Ota.









A opção destes senhores é óbvia. Falar da Ota no decorrer da campanha eleitoral traria menos votos para aqueles que poderiam ter travado o projecto. Governos do PS e do PSD/CDS.

É notório que a generalidade dos portugueses está contra esta megalomania típica de governos socialistas. Os especialistas afirmam constantemente, para que ninguém venha a dizer que não os ouviu, que o aeroporto da Ota é um erro grave a todos os níveis.

Mesmo assim, o Governo de José Sócrates e do Ministro Mário Lino insiste em avançar com a loucura. Aliás, este último declarou, ontem, que o novo aeroporto da capital não pode situar-se na Margem Sul do Tejo, pois é uma zona despovoada. Sim, leram e ouviram muito bem. Mário Lino considera que a Margem Sul está despovoada.

Esta declaração é motivo para demitir um ministro. Demonstrou ignorância proferindo tais palavras. Ninguém no seu perfeito juízo pode afirmar que aquela zona está despovoada.
Por momentos pensei que a Ota era uma zona densamente povoada e com todos os serviços necessários para a localização de um aeroporto. Mas logo voltei à realidade.
Quem remete a Margem Sul para desertificação terá que considerar a Ota um verdadeiro deserto. Estou mesmo à espera de uma declaração do Ministro Mário Lino neste sentido. Pelo menos sempre justificava um pouco, se bem que muito pouco, as declarações por ele proferidas.

Para relembrar os mais esquecidos, o “complexo da Ota” é constituído por tanta coisa que o aeroporto acaba por ser um projecto menor. E é assim porque na realidade aquela região não tem as condições necessárias para receber um Aeroporto Internacional. Os serviços fundamentais vão ser construídos de raiz! Caso para perguntar: caro ministro, quem é que quer enganar?

Não vai ser o futuro Presidente da Câmara de Lisboa que decidirá a localização do futuro aeroporto, mas uma questão desta ordem não pode passar ao lado do futuro executivo camarário.Trata-se do aeroporto da Capital do país. Os candidatos têm que debater esta questão com toda a clareza e frontalidade.

Portugal, e não só os lisboetas, quer saber qual a posição que será tomada pelo futuro presidente da Câmara perante o Governo.

Leça da Palmeira, 24 de Maio de 2007

Diogo Tomás

in Democracia Liberal